No livro de Marcos no capítulo 8 relata a segunda multiplicação de pães e peixes. Uma grande multidão seguia Jesus Cristo, ouvindo atentamente a voz do Mestre, bebendo a Água da Vida e comendo o Pão da Vida.
Ao longo de três dias toda aquela multidão não se alimentou, porém em um dado momento os discípulos de Jesus sugeriram que Ele dispensasse as pessoas para irem para suas casas se alimentarem. Todavia, esta não foi à atitude de Cristo
Percebendo que as pessoas estavam com fome, Jesus Cristo perguntou: “Quantos pães tendes?...” (Mc. 8:5). O Senhor não perguntou o número de pessoas que estavam lá, simplesmente queria usar o que tinham nas mãos.
Jesus pegou os pães e os peixinhos e orou ao Pai, posteriormente ordenou que distribuísse a multidão. Neste instante um milagre aconteceu, houve a multiplicação e todos se fartaram.
A multidão se maravilhou ao contemplar o que o Mestre havia feito, o temor a Deus cresceu demasiadamente nos corações dos presentes, a reverência e a dedicação ao Rei dos reis se tornou notória.
No versículo 11 do capítulo 8 do livro de Marcos nos apresenta o outro lado da moeda, os fariseus achegando-se a Jesus e pedindo a Ele um sinal do céu. Mesmo tendo presenciado a multiplicação dos pães e dos peixinhos ainda não acreditavam no Cristo do Deus vivo.
“Jesus, porém, arrancou do íntimo do seu espírito um gemido...” – o pedido dos fariseus cheirou mal as narinas de Jesus. Infelizmente esta também tem sido a nossa atitude, ou seja, duvidamos de Cristo mesmo presenciando os grandes feitos que Ele tem realizado.
Neste mesmo palco e cena presenciamos os discípulos e Jesus navegando para o outro lado. Entretanto, dentro do barco algo inesperado acontece, uma discussão surge: esqueceram de levar pães para se alimentarem.
Jesus ao se deparar com a estupidez dos discípulos diz: “Por que discutis sobre o não terdes pão? (...) Tendo olhos, não vedes, e ouvidos não ouvis? Não vos lembrais?” (Mc. 8:17,18). O Mestre finaliza dizendo: “Não entendeis ainda?” (Mc. 8:21).
Cristo afronta os discípulos neste momento, pois estavam brigando por não haverem trago pães. Eles acabaram de vir de mais uma multiplicação de pães e peixes e discutiam por não ter alimento. Que contradição!!!
Os discípulos estavam com Aquele que alimentou uma multidão minutos atrás, seguindo o Filho Unigênito dAquele que mandou alimento no deserto para Moisés, do mesmo Deus que enviou comida para Elias quando estava na caverna... porém, ainda perdiam tempo discutindo quem é o culpado por terem esquecido os pães!!!
Estes versículos relatam com exatidão a nossa realidade como igreja. Quantas vezes temos perdido tempo com brigas inúteis e desnecessárias ao invés de simplesmente laçarmos nossa confiança no Amado? Que pena!
Quando chegaram em Betsaida trouxeram um cego para Jesus, Ele tomou o cego pela mão e o levou para fora da aldeia. O Mestre cuspiu nos olhos do cego e perguntou se estava vendo alguma coisa, a resposta foi negativa (Mc. 8:22,23).
Uma pergunta brota em nossos corações neste instante: Jesus falhou? A dúvida persiste: Cristo não conseguiu fazer com que um cego enxergasse? O que houve?
Nos versículos seguintes Cristo põe a mão nos olhos do cego e instantaneamente começa a enxergar claramente, vendo tudo nitidamente (Mc. 8:25).
Uma confusão surge em nossas mentes: Jesus não conseguiu curar o cego logo de imediato, foi preciso dois toques, por que?
Imagine os discípulos presenciando tal feito. Que confusão na mente deles!
O que Jesus Cristo fez com o cego era exatamente o que os discípulos estavam precisando receber, isto é, o segundo toque.
Não queremos dizer que o Mestre não poderia ter curado o cego logo da primeira vez, pelo contrario, o Carpinteiro nem precisava se achegar ao cego para curá-lo.
Aquele cego era os discípulos. Homens que caminhavam com Cristo, mas se mantinham na superficialidade. Tiveram um primeiro toque com Cristo, suas vidas foram mudadas, porém ainda enxergava embaçado.
A igreja brasileira precisa do segundo toque de Cristo. Procuramos um culpado para quem esqueceu o pão ao invés de buscarmos Jesus. Queremos dispensar a multidão julgando o Rei como um mero animador de multidões, incapaz de saciar a fome física e espiritual da humanidade.A igreja evangélica tem caminhado sem rumo e sem direção afirmando ser discípulos de Jesus. Precisamos de um segundo toque de Cristo para que nossa visão seja restaurada.
Não se contente com as migalhas que caiem da mesa do Pai, se levante e farte-se no banquete que Ele tem preparado para você.
Por falar nisto o Mestre está ai te perguntando: “vês alguma coisa?” (Mc. 8:23).
Ele quer tratar sua cegueira...
Talvez seja hora de você se aquietar e desfrutar de um segundo toque de Cristo em sua vida, família e ministério.
O que acha?
Saia do ativismo... faça uma caminhada com o Rei do universo.
Jesus te chama para fora da aldeia para ter um diálogo sincero com você.
Não perca esta oportunidade... receba um segundo toque de Cristo Jesus.
Amo vocês...
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