Um conselho inteligente
Marcos 9:14-29
v. 14-16
Quando chegaram onde estavam os outros discípulos, viram uma grande multidão ao redor deles e os mestres da lei discutindo com eles. Logo que todo o povo viu Jesus, ficou muito surpreso e correu para saudá-lo. Perguntou Jesus: “O que vocês estão discutindo?”
Os escribas, os “mestres da lei” já haviam acusado Jesus de expulsar demônios pelo poder de Satanás. Estavam discutindo novamente. De qualquer forma, uma coisa é certa, as discussões deles não estavam de forma alguma ajudando o rapaz endemoninhado, nem o pai dele.
Nos sinalizando, para o cuidado. Não podemos perder de vista o essencial, o que realmente tem valor.
Muitos pais que se ocupam em discussões e debates acerca de detalhes doutrinários, descobrem depois que ganharam a “batalha da religião” e perderam a alma dos seus filhos.
Vejamos então como Jesus reage a essa situação, o que ele faz e diz e o que ele não faz e não diz:
- Ele não entrou na discussão dos peritos em teologia.
- Ele não entrou no debate sobre as picuinhas doutrinárias.
- Ele ignorou a oportunidade de corrigir o erro dos outros.
Jesus apenas fez uma pergunta. E essa pergunta não foi pra entrar no debate e sim resolver o problema.
Parafraseando, quando Jesus perguntou “O que vocês estão discutindo?” ele estava perguntando “Como é que vocês estão aqui discutindo, quando tem uma criança agonizando no chão e um pai desesperado por ajuda?”
Como é que vocês conseguem se deter em detalhes no meio de uma tragédia familiar?
O que vocês estão discutindo que é tão importante assim?
v. 17-19
Um homem, no meio da multidão, respondeu: “Mestre, eu te trouxe o meu filho, que está com um espírito que o impede de falar. Onde quer que o apanhe, joga-o no chão. Ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi aos teus discípulos que expulsassem o espírito, mas eles não conseguiram”.
Respondeu Jesus: “Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino”.
Você notou na atitude de Jesus?
Agora, preste atenção, no que se segue: – “Tragam-me o menino”.
Onde está a dor?
Onde está o sofrimento?
Onde está o conflito que merece atenção?
Foi nestas coisas que Jesus focalizou sua atenção e seus esforços.
A saúde física, mental, emocional e sobretudo espiritual de seus filhos é de suma importância para Deus.
Não deveria ser para você também?
Você pode se ocupar com muita coisa nesta vida, mas, preste atenção onde Jesus focalizou sua atenção.
Agora eme responda. - Onde está o seu foco?
Jesus conseguiu identificar o que era importante, indo direto ao ponto Jesus – “geração incrédula”.
Geração incrédula.
Povo sem fé.
É forte, não é?
Alguém já lhe chamou de incrédulo?
Se eu chamasse esta igreja de igreja sem fé, como seria?
Como você iria se sentir?
Bem, se você pai ou melhor "pais" não estiverem orando por seus filhos, você é comparado a um incrédulo.
Alguém disse “Quando oramos, nos humilhamos diante de Deus e confessamos: ‘Preciso da tua presença e do teu poder, Senhor. Não posso realizar isto sem ti’. Quando não oramos, estamos dizendo que não precisamos de nada além de nós mesmos.”
Quando oramos, estamos pedindo a Deus que Ele mesmo guie a vida dos nossos filhos.
Quando não oramos, quando não pedimos ajuda a Ele, estamos dizendo que basta o que a gente pode fazer.
E basta?
Para você, basta?
A resposta de Deus à nossa oração pode demorar.
Dias, semanas, meses, até anos.
Mas, se acreditamos em Deus, temos que confiar que a nossa oração não ficará sem resposta.
Talvez você esteja pensando “mas, eu oro todos os dias pelos meus filhos!”
Como é essa oração?
Será que é como a antiga ficha telefônica? Três minutos só?
É aquela ligação de três minutos que você faz, deitado na cama, já caindo no sono?
Esta é sua oração pela vida eterna dos seus filhos?
Por meio da perseverança diária nas suas orações, Você pode impactar a vida não só dos seus filhos, mas, de netos e bisnetos, e por meio de sua prole nas vidas de milhares de famílias e de várias gerações de Cristãos.
Pais, como é seu tempo de oração pelos seus filhos?
Quanta diferença será que uma hora por dia em oração faria pelos seus?
Aquela hora que você gasta surfando na Internet, assistindo jornal ou novela – vai valer quanto depois?
Se você mudasse aquele horário e usasse para oração, você sabe a diferença que faria?
Fica aquela pergunta, você é um pai de fé, ou mais um incrédulo?
v. 20-22
Então, eles o trouxeram. Quando o espírito viu Jesus, imediatamente causou uma convulsão no menino. Este caiu no chão e começou a rolar, espumando pela boca. Jesus perguntou ao pai do menino: “Há quanto tempo ele está assim?” “Desde a infância”, respondeu ele. “Muitas vezes esse espírito o tem lançado no fogo e na água para matá-lo. Mas, se podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.”
Quando Jesus pergunta ‘há quanto tempo ele está assim?’ dá para imaginar o tom de desespero na voz do pai: “Desde a infância”.
Nós estamos no meio de uma guerra espiritual.
Quando você começa a lutar pelos seus filhos, não pense que Satanás vai ficar parado.
Ele pode redobrar seus esforços, como fez com este menino.
Ele fez um show do poder dele sobre este menino.
Mas, não importa quão longe, ou por quanto tempo o inimigo domine seu filho – Jesus é maior.
Não desista de orar. Não desista nunca.
Eu não entendo porque, em alguns casos, pode levar anos para um filho se converter.
Sei que Deus não obriga ninguém a se arrepender, ou mudar de caminho.
Mas, ele tem os meios dele.
Ele pode agir na vida e nas circunstâncias de uma pessoa.
E Ele agirá se você perseverar em oração.
v. 23-24
“Se podes?”, disse Jesus. “Tudo é possível àquele que crê.”
Imediatamente o pai do menino exclamou: “Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade!”
Esse pai foi sincero no ponto crucial.
O maior problema é justamente nossa falta de fé.
Cremos em Deus. Você está aqui, porque crê em Deus.
Mas, precisamos de mais fé.
Então, faça feito este pai – peça a Deus para ter mais fé.
v. 25-27
Quando Jesus viu que uma multidão estava se ajuntando, repreendeu o espírito imundo, dizendo: “Espírito mudo e surdo, eu ordeno que o deixe e nunca mais entre nele”.
O espírito gritou, agitou-o violentamente e saiu. O menino ficou como morto, ao ponto de muitos dizerem: “Ele morreu”. Mas Jesus tomou-o pela mão e o levantou, e ele ficou em pé.
Vai ter muita gente que vai desistir de seu filho.
“Não adianta agora,” vão dizer.
“Ela já não volta mais”.
“Ele foi longe demais”, vão declarar.
O povo, olhando para o menino, disse que ele morreu.
Mas, quando Jesus tocou nele, ele se levantou.
Não é a opinião de tios, cunhadas, professoras, ou outros filhos que determina o estado de seu filho. É Jesus.
E se você ainda não desistiu, Jesus nem tampouco desistiu.
Não importa a idade de seu filho ou o quanto ele se afastou do Senhor, continue a orar por ele.
E quanto mais longe ele estiver, mais você deve orar.
v. 28-29
Depois de Jesus ter entrado em casa, seus discípulos lhe perguntaram em particular: “Por que não conseguimos expulsá-lo?” Ele respondeu: “Essa espécie só sai pela oração (e pelo jejum)”.
A maior força para abençoar nosso filhos? Oração.
A chave para vê-los livres do inimigo? Oração.
O caminho para a salvação deles? Oração.
Não sou eu que digo.
É Jesus.
Agora só fica aquela pergunta, você acredita?
Você é um incrédulo, ou um pai, uma mãe de fé?
Então como vai ficar seu tempo em oração pelo seu filho daqui para frente?